segunda-feira, junho 30, 2008

Mídia e consumo

O imperativo do verbo comprar é recomendado constantemente para todos os cidadãos brasileiros. Como se eles próprios não soubessem do que necessitam


Foto: ImageBank

Cotidianamente, ao nosso redor, milhares de anúncios publicitários nos acompanham insistentemente. Na escola, no trabalho ou em casa, não tem como fugir deles. Nos momentos de lazer, como escutar rádio, é preciso também suportar os informes publicitários. Na TV, revistas e jornais, os anúncios dispersam o conteúdo jornalístico. E quando andamos pelas ruas, em qualquer direção que olharmos, as placas estarão paradas aguardando-nos para despertar o desejo do consumo.

Essa varinha de condão, a publicidade, pode confundir quem não está atendo. O objetivo é prender a atenção das pessoas e condicioná-las ao ambiente lúdico, ou seja, de sonhos e fantasias. Dessa maneira, a prática do consumismo é adquirida, não por uma necessidade, e sim pelo simples ato de suprir o desejo de comprar.

Neste sentido, é preciso estar atendo às próprias necessidades de consumo para que o desperdício e o gasto em excesso não se tornem rotina ou um problema no orçamento. Para o recém formado em economia, Jader de Souza, a propagação de ideais é um forte fator da publicidade. “A propaganda vende valores. O sucesso pessoal depende da quantidade dinheiro que cada indivíduo possui. O status, as novas tecnologias e a diversidade de bens comandam a vida social atualmente”, afirma.

O consumismo quase anula a valorização do humano e valores coletivos quase não são vivenciados. O ato de falar bom dia, e tomar café da manhã em família, por exemplo, se tornou uma vaga lembrança para muitos. O “ser” foi dominado pelo “ter”, e a convergência das mídias traz consigo a necessidade de alertarmos e conhecermos as vantagens e desvantagens do que é oferecido. Enfim, é preciso ter a consciência de comprar conforme a real necessidade.

Por Dayanna Silva

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