Greve no transporte coletivo pára Uberlândia

Por Danilo Caixeta

“Por que parou? Parou por quê?” Isto foi o quê os mais de 200 mil trabalhadores e estudantes de Uberlândia (MG), diziam na manhã desta quinta-feira, 24. O transporte coletivo da cidade paralisou suas atividades por tempo indeterminado. Os trabalhadores reivindicam aumento de 7,5% nos salários e a redução do intervalo entre uma jornada de trabalho e outra, chamada de "dupla pegada". A proposta das empresas é que este intervalo passe de três para seis horas, fazendo com que os trabalhadores fiquem três horas mais à disposição delas.

Inicialmente a greve obteve adesão de 100% da categoria, nenhum dos 336 veículos que compõem a frota do transporte coletivo do município circulou. No Terminal Central de Uberlândia, onde aproximadamente 160 mil pessoas passam todos os dias, os portões estavam fechados, e dos milhares de passageiros que freqüentam o local, só restou o faxineiro.

Para o transporte alternativo, táxis, vans e motos-táxi, o dia foi de grande faturamento. Além de um aumento significativo na quantidade, a procura pelos serviços ocasionou um considerável aumento no preço; uma viagem de moto-táxi que custava cerca de R$ 5, chegou a R$ 9. Praticamente o dobro do preço praticado cotidianamente.

Na noite de hoje, o Ministério Público, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e a Prefeitura Municipal de Uberlândia, fecharam um acordo e garantem que nesta sexta-feira, 25, pelo menos 30% da frota deve voltar a operar. Isso significa que aproximadamente 100 ônibus circularão pelas principais linhas da cidade.