Você coleta lixo?

Por Kelly Borges

Papéis de balas, chocolates, salgadinhos... Tudo remete a uma degustação gostosa de guloseimas. Porém ao chutar, pisar nesses e outros lixos, dá uma insatisfação de ver a cidade suja, um lixo. Esse é um problema que pode ser resolvido a partir da conscientização da comunidade. Pior são os demais e maiores lixos que não dependem da ação de garis e catadores de latinhas e papel.

Paro para pensar na quantidade de lixo oferecido diariamente no intelecto das pessoas que são facilmente aceitos. Sempre vejo uma faixa branca pregada nos postes dos bairros Pacaembu, Roosevelt e Jardim América, comunicando a possibilidade do impossível “1º e 2º grau em 60 dias”. Se o ensino fundamental, distribuídos em oito anos foi alvo de análise e como resultado ganhou mais um ano para realmente ser efetuada uma formação forte e suficiente; como é possível nove anos em 60 dias?

A análise que devemos fazer não é a de um país de 3º mundo em que existe índice de analfabetismo, mas que somos um país de 3º mundo que sabe lê e não compreende o que se está lendo; ou ainda, que lê, mas não se recorda de ter aprendido a história do Brasil, a geografia básica, o português correto.

A aceitação de lixos assim nos mostra os tantos profissionais espalhados pelo país. E aí vem a pergunta: “cadê o emprego pra todo mundo?” A resposta é breve: dura 90 dias, apenas um pouco mais que o preparo qualitativo que te acompanhará pelo resto da vida, a educação.