Por Kelly Borges
Faz parte do ser humano espiar a vida alheia. As novelas não me deixam mentir. É gostoso viver a vida dos outros ou criticar a vida deles, apontarem defeitos, adorar ou odiar comportamentos. E é essa a intenção do Big Brother Brasil; deixar milhares de telespectadores vidrados, na tela de vidro colorida, com uma história da vida real mais perfeita que a novela.
Se fulano fala alto, se cicrano é falso, se beltrano é insosso... E daí? Não tem um desses perto de você? Eles disputam R$ 1.000.000,00 enquanto você paga para vê-los ganharem essa quantia. Enquanto isso, a história da vida real imperfeita, só vai para a televisão depois de uma catástrofe. E o que você fez para contribuir dessa vez? Deixou de educar e de ter comportamentos morais.
Na verdade, eu entendo, faltou a possibilidade de errar, ser expulso de uma casa e ganhar oportunidades de recompensa, afinal, Hello, vivemos em um mundo concretamente capitalista. Matematicamente, de acordo com a estatística do BBB, a cada 14 brasileiros, um pode ser milionário. Isso é um paraíso tão bom quanto o paraíso fiscal. Então, será porque essa quantia está presa em tão poucos bolsos?
Você acha legal ver os BBB’s dormindo ao relento, testando a resistência, expondo o corpo pela grana, quero dizer, grama, piscina, mas, não assiste outros brasileiros fazerem o mesmo, nem por escolha e nem tampouco esperando ganhar algo em troca. É engraçado ver os BBB’s “brincando” de dirigir como pilotos e ganhar como prêmio um carro, mas, não sorri para menores de idade que estão “brincando” de dirigir, mesmo sem ganhar um Premio Kadett, Corsa...
É essa a história da vida real. Tudo bem que não é por pouco tempo nem democraticamente escolhida voto a voto à forma de vivê-la, mas em uma coisa ela ganha, os paredões não acontecem apenas às terças-feiras, são todos os dias.
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